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Convite da mãe-de-três aos velhos amigos

  • Tathi Pio
  • 3 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

Ei! Saudade de você.

Vem aqui em casa algum dia. Só vem.

Pega carro, ônibus, Uber, mas vem.

Vem sem avisar.

Estarei esperando você, mesmo estando em movimento.

Posso talvez ter saído pra ir a praça, mercado, médico... Mesmo assim não deixe de vir. Me liga e você vai comigo onde for, se não se importar. Importa estarmos juntos, não é?

Dias caóticos por aqui, minha amiga, meu amigo. Mas está tudo bem. Só não consigo parar o mundo pra te ter.

Então, por favor, caminhe ao meu lado.

Encontrará casa bagunçada, crianças embirradas e mãe descabelada. Mas venha. Não deixe de vir por isso. Você pode não me reconhecer a princípio em meio a tantos novos afazeres, mas sim sou eu. Sua amiga. Ajude-me a me lembrar de quem sou também e quem você é pra mim.

Não se incomode que não me incomodo. Ajuda-me a lavar louça enquanto conversamos sobre Deus, sobre coisas profundas... Preparemos juntos o que comer. Ajude-me a dar banho no Martim e brinca junto comigo para entreter as crianças e ajudá-las acalmar. Inclua meus filhos nos seus amores, assuntos e horizontes. Encontrará boa parte de mim neles e eles em mim.

Sinta-se em casa, abra a geladeira, não repare a bagunça. Não me olhe como quem olha de fora, não me analise. Me ame.

Ao abrir a porta te receberei com um sorriso. De cansaço ou de serenidade. Não sei. Não sei que dia você vem...

Mas será de alegria por ter aceitado meu convite de entrar na minha casa e na minha vida. Tão assim... desajeitada.

Sem máscaras, sem roteiro, sem cenário. Um palco enjambrado de cenas rotineiras.

Sabe, é bom ter você.

Vem.

Porque você já permanece.


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