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Acordei reclamando com Deus

  • Tathi Pio
  • 20 de set. de 2017
  • 1 min de leitura

Acordei reclamando com Deus, dizendo que não tinha tempo pra escrever (que é o que mais me alimenta espiritualmente depois de cantar), e a bagunça na casa me mostrou que tão cedo não conseguiria. Visita pra almoçar, vasilhas sujas das visitas de ontem à noite, roupas à estender e as crianças prestes a acordar a qualquer momento.

Nesse cenário, me pus a fazer comida e na hora de cortar a abóbora japonesa fiz um pequeno corte em um dedo. Reclamei novamente com Deus (já não basta eu ter de ficar trabalhando em casa sem tempo de fazer o que gosto... e agora corto o dedo?) e continuei picando a abóbora reclamando da faca sem corte, da dureza da abóbora, das crianças e marido que amam abóbora... tudo.

Até que, de repente cortei o outro dedo polegar. Dessa vez foi mais profundo. Puxa vida!

Larguei tudo e fui estancar o sangue e colocar curativo.

Quando ia voltando pra cozinha ouvi a proposta interior:

- Para e vai escrever.

Ainda me perguntei:

- Escrever o que?

- Isso de agora.

- ? Tá.

As coisas continuavam como estavam, mas eu resolvi escrever, fazer o que meu coração chamava há tempos.

Descobri que as coisas não me impediam, só eu mesma.

Preciso pegar mais leve. O almoço nem sempre é capaz de alimentar minha alma.

Roupas ainda a estender, almoço vai sair sem feijão, pia cheia de pratos, panelas e copos sem lavar.

Nada é tão ruim assim.

Mas o cenário de agora inclui uma dona de casa ali no canto, sentada, escrevendo.

Tecendo o eterno que Deus a chamou a viver hoje.


 
 
 

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