1 ano e meio da Maria*
- Entre Nós blog
- 14 de fev. de 2017
- 1 min de leitura
Os dias nunca passaram tão notadamente como os de agora.
Maria cresce, aprende, revela, mostra. Uma descoberta atrás da outra... nem consigo acompanhar. Nem tudo que aprende vem de mim ou do papai... só culmina de troca de olhares constantes de admiração entre o Gustavo e eu.
Ela tem um sorriso tão, mas tão, mas tão encantador que me revela a efemeridade do que estou vivendo. Algo tão pleno que me traz ao súbito presente.
As birras viram intervalos das gostosuras ou as gostosuras como intervalo das birras, como queira, não importa. É vida.
É o agora. É a máquina do tempo girando, girando. Amando o presente porque sei que é finito. Ela não vai querer dormir coladinha comigo (mesmo no calor!), não vai ficar sempre me procurando pra me tirar sorrisos, não vai sair pela casa gritando ‘mamãe’, não vai querer chamar minha atenção, não vai chorar quando a deixar na escola ou eu tiver que sair, não vai se dedicar a aprender o que estarei ensinando, não vai levantar minha blusa chamando o Caio na barriga...
Nunca a tive tão minha e nunca tive tanta noção de que não me pertence.
A falta de sono, as birras, as brincadeiras, os rostinhos colados, o sorrisinho de 4 dentes, tudo vai passar e só terei o passado na minha mente esquecida, por isso escrevo.
A angustiante dor futura me faz ser mais feliz agora. Amando o choro, as noites mal dormidas, as birras... Amando tê-la ao meu lado.
Saudade do agora, filha.
Quer brincar com a mamãe?
* escrito ha um ano e meio.
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